Plenário da Alepe debate abastecimento de água no interior e repercute denúncias contra atual gestão do IPA

O abastecimento de água no interior do Estado pautou pronunciamentos em Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nessa segunda-feira (18). A chegada de água da Transposição do Rio São Francisco no Agreste Central, a necessidade de buscar soluções para o problema da estiagem no Sertão e denúncias contra a gestão do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) foram os temas levantados pelos parlamentares.

Abimael Santos (PL) apresentou uma série de denúncias contra o atual presidente do IPA, Joaquim Neto. O parlamentar relatou que, há alguns meses, cobrou do gestor a conclusão de obras paradas de poços artesianos no Agreste, iniciadas no governo anterior. Mas a resposta que obteve na ocasião foi a de que não havia recursos disponíveis. Da Tribuna, o deputado questionou o custo de R$ 1 milhão de uma feira sobre agricultura familiar realizada pelo instituto, e a intenção de gastar R$ 600 mil em uma confraternização – evento que acabou sendo cancelado. “Ele disse na minha cara que não tinha dinheiro, mas para gastar tem. Sabe quantos poços dava para cavar com esses valores? Quantas pessoas poderiam ter sido beneficiadas?” questionou.

O deputado também disse ter recebido denúncias sobre a contratação, sem licitação, de uma empresa para realizar exames médicos periódicos, sendo que o IPA já conta com um serviço próprio de medicina do trabalho. Ele lembrou do recente acidente de carro envolvendo funcionários do órgão de Petrolina, no Sertão do São Francisco, que foram obrigados a ir para o Recife realizar esses exames, e resultou na morte de um servidor e deixou outros três feridos.

O parlamentar alertou, ainda, que  o IPA não tem aceitado atestados médicos de funcionários que justificaram ausência para tratamento de saúde, e vem descontando as faltas indevidamente da folha de pagamento. Por fim, lembrou que pesquisadores que fizeram outra denúncia, sobre a falta de transporte para a unidade em Goiana, na Mata Norte, foram penalizados com a redução de 10% do salário.

Em aparte, Waldemar Borges (PSB) afirmou que também recebeu diversas denúncias de assédio moral, perseguição e truculência de Joaquim Neto. Ele acrescentou que está produzindo um relatório que reúne todas as irregularidades e será encaminhado aos órgãos de fiscalização ainda nesta semana. “É preciso apurar os fatos com responsabilidade, como estamos fazendo, para que os culpados sejam punidos na forma da lei”, finalizou.

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