Aparentemente inofensivas, as serpentinas metalizadas comuns no carnaval e na decoração de festas são capazes de causar acidentes fatais. Por esse motivo, a venda do item está proibida em Pernambuco desde 2024 pela Lei nº 18.753.
A norma que impede a comercialização do produto em todo o estado foi proposta pelo deputado Álvaro Porto (PSDB). O objetivo é evitar tragédias como a que resultou em 16 mortos e 55 feridos em Minas Gerais, no carnaval de 2011, quando a serpentina arremessada por um folião provocou um curto-circuito.
Já no réveillon de 2025, um morador de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, sofreu queimaduras moderadas depois de receber uma descarga provocada por uma serpentina que se enroscou na rede elétrica. “São objetos perigosos e não devem ser utilizados de forma indiscriminada em qualquer época do ano pelo risco iminente de acidentes”, justificou Porto ao propor a matéria,
Para o gerente de relações institucionais e governamentais da Neoenergia, Rafael Mota, as pessoas não fazem ideia dos riscos oferecidos por um produto tão fácil de ser acessado. “A gente reforça que a rede elétrica precisa ser preservada. Não se deve pendurar qualquer tipo de adereço, subir ou ficar próximo dos postes de energia. Isso evita possíveis acidentes”, ressaltou.
Multa
A multa para quem for flagrado vendendo serpentinas metalizadas em Pernambuco pode chegar a R$ 10 mil. Ao saber dos riscos, o vendedor Ricardo Pereira passou a apoiar a proibição. “Pensei que era plástico, mas é metal. Se tiver um acidente em um bloco como o Galo da Madrugada, cheio de gente, qual a tragédia que pode acontecer?”, indagou.
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