Ex-vice-prefeito de Itu foragido por homicídio é preso em Olinda com documento falso

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu o ex-vice-prefeito da cidade de Itu, em São Paulo, Élio Oliveira Júnior, condenado pela morte de um advogado na cidade, em 2006. Ele era considerado foragido pelo menos desde 2017 e, de acordo com a corporação, se escondia desde 2023 em Olinda.

Em 2015, Élio foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio. Além do assassinato do advogado Humberto da Silva Monteiro, ele é apontado mandante de um atentado contra o radialista Josué Dantas, também em Itu.

A prisão aconteceu na quarta-feira (6), em um hotel no bairro de Casa Caiada. Na abordagem, Élio apresentou documentação falsa e, por isso, foi preso em flagrante.

Esta não foi a primeira vez em que Élio foi preso por uso de documento falso. Em 2018, ele passou 18 meses preso na cidade de Cubati, na Paraíba, mas foi posto em liberdade após consegui um habeas corpus. Ele morava em Olinda desde dezembro de 2023, segundo a polícia.

O caso é coordenado pela Delegacia de Roubos e Furtos e, segundo a polícia, outras informações serão repassadas ao público em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11).

Entenda o caso

Em 2006, o advogado Humberto da Silva Monteiro foi assassinado com dois tiros na cabeça no Centro de Itu. Ele estava no banco do passageiro de uma caminhonete dirigida pelo radialista e funcionário da prefeitura Josué Dantas Filho, que também foi alvo dos disparos, mas não foi atingido. Acredita-se que divergências políticas motivaram o crime.

Além de Oliveira Júnior, Tiago Martins Bandeira e Eduardo Aparecido Crepaldi, que estavam em uma moto, também teriam participado do crime. Luís Antônio Roque, conhecido como Tonhão, e o ex-policial militar Nicéias Brito, que trabalhavam como seguranças de Oliveira Júnior, foram condenados pelo caso.

Como Élio tinha residência fixa, o juiz havia concedido que a defesa recorresse ao processo com o réu em liberdade, porém, o ex-vice não foi mais localizado. Outros envolvidos no caso foram presos e sentenciados, mas Oliveira Junior foi o único suspeito que não chegou a ser preso.

José Roberto Trabachini, ex-líder de uma torcida organizada do Ituano, chegou a ser preso sob acusação de tentar contratar os assassinos, mas foi o único a ser absolvido pela Justiça.

Após deixar o cargo em Itu, Oliveira Júnior foi eleito vereador em Ribeirão Preto, cargo que exerceu até 2011, quando teve seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar.

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