Lançado pelo governo federal em 24 de julho, o Voa Brasil vendeu até agora menos de 1% das passagens disponibilizadas. Em quase 2 meses, foram comercializados 10.422 bilhetes aéreos de um universo de 3 milhões de assentos ofertados pelas companhias aéreas.
O programa reserva passagens aéreas para serem comercializadas no portal do governo a um público específico. Para essa etapa, só aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que não viajaram nos últimos 12 meses podem acessar o benefício.
As três principais companhias aéreas do país (Azul, Latam e GOL) ofertaram pelo programa 1 milhão de passagens cada uma. As empresas têm liberdade para disponibilizar os assentos com base em cálculos de ociosidade nos destinos.
No Voa Brasil, os bilhetes custam até R$ 200, mas podem ser encontrados por preços mais baixos. É acrescentado no valor final a taxa de embarque e eventual cobrança por bagagem. Logo, em alguns casos o preço pode superar R$ 200 depois das taxas.
Apesar da baixa adesão até agora, o secretário de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos, Tomé Franca, defende o programa como um instrumento de inclusão social.
“São 10.000 pessoas que estão voando pelo Brasil e que não voavam antes. Grande parte desse número nunca viajou de avião na vida. Então, é a 1ª vez que a pessoa está entrando na aeronave, que está vendo o seu país e sua cidade de cima”, disse ao “Me Conta, Brasil”, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).
França explica que o programa não conta com subsídio governamental para a aquisição de passagens aéreas. “É uma política de cooperação que fizemos com as companhias aéreas no sentido de fazer com que mais brasileiros possam voar”, diz.
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